Et In Arcadia Ego Redux

Para fazer companhia ao disco apresentado em baixo, aqui fica mais um exemplo daquilo que faz o Senhor Marquês reverberar no mais profundo do seu ser. Musicalmente, portanto. Trata-se de um álbum para os iniciados: Claudia Brücken, Love and a Million Other Things, editado nos idos de 1991. Muita pouca gente deu por ele. O que é uma pena. A senhora, para quem não sabe foi uma das vozes dos Propaganda, a meio dos anos 80 (Lembram-se de Duel?), e hoje pode ser ouvida nos muito bons OneTwo, na companhia de Paul Humphries, ex-OMD. Ora bem, aqui está o arquétipo do disco pop übersofísticado, elegante ao ponto do gelo, cantado bem lá de cima, com metáforas inintelígiveis ao comum dos mortais, e aquela voz arranhada tipicamente teotónica que, por vezes, até arrepia. A produção é imaculadamente perfeita, tudo parece estar no seu sítio devido e o apelo é óbvio: ouvir com a cabeça, não com o coração. Por mim, acho lindamente. Ouçam Kiss Like Ether, Absolut(e), Fanatic, Moments Of Joy e Suicide e perceberão. A Pop pode ser um monumento fabuloso, erigido e sacrificado ao altar do bom-gosto. Tal como deve ser. Palavra do Senhor Marquês!

Et In Arcadia Ego

Uma declaração absoluta: este é O disco da vida do Senhor Marquês.

Porquê? Por causa dos Duran Duran. Por causa de Grace Jones, e de Sting, e de Carlos Alomar, e de Courtney Pine, e de Brian Eno. Por causa da capa. Porque saiu em 1985. Porque música assim já não se faz. Porque é presunçoso, convencido e vaidoso. Porque a forma é sempre mais importante do que a função. Porque Less Than Zero também saiu em 1985. Porque entre os dois me fiz gente e descobri que o mundo pode ser tão ou mais selvagem que as nossas imaginações. Para o bem e para o mal.

Porque tem Election Day, Keep Me In The Dark, Goodbye Is Forever e The Flame. E Rose Arcana, The Promise, El Diablo e Lady Ice.

Porque sim.

Confession on the Dancefloor

Não consigo parar de ouvir uma canção chamada "Who's Your Daddy?" do Benni Benassi. Isso mesmo. Tudo o que é mau e lúbrico em mim se agita e freme...

Nhospe!

Armário de adjectivos, eu!? Bof!

Climb ev'ry mountain

LoveOfTheMoment.

Gelado de Verão

Nada como uma boa onda de frescura e boa música de dança para tornar um verão mais aceitável. Esta pandilha chama-se New Young Pony Club e têm um álbum fantástico chamado (passe a repetição...) "Fantastic Playroom". Ouçam "Ice Cream" e "The Bomb" e verão

... passe a piada...

Remix-in-a-carnation

Para o Verão de 2007, em remixology:

01. Atomizer: Hooked On Radiation (Orange Alert Mix by Pet Shop Boys)
02. King Roc feat. Marc Almond: Prime Evil (Boris D'Lugosch Club Mix)
03. Camille Jones: The Creeps (Fedde Le Grand Remix)
04. September: Cry For You (Jackall Remix)
05. Lorraine: Heaven (Sebastian Léger Remix)
06. Faithless: Music Matters (Pete Heller Remix)
07. Calvin Harris: Acceptable In The 80's (Tom Neville Remix)
08. Armand Van Helden: NYC Beat (MSTRKRFT Remix)
09. Adamski: Bassline Changed My Life
10. Deep Dish feat. Richard Morel: Sacramento (Raul Rincón Remix)
11. Mason: Exceeder (Martijn Ten Velden Remix)
12. Scissor Sisters: Take Your Mama (Hot Chip Remix)

Mais variações se seguirão, de acordo com a canícula em vigor...

Morangos com Açúcar Ácido

Conversa ouvida numa tarde solarenga, na costa über-chique do Alentejo, entre palmeiras e caipirinhas. Intervenientes: duas cachopas de não mais de 13 anos. E foi assim:
- Sabes, o Bernardo anda com a Madalena...
- O quê?! Não posso! Mas...?
- Qual é o problema?
- Mas o Bernardo...
- O Bernardo é cotonete.
- Desculpa?
- Sim, funciona para os dois lados...

A Modernidade...?

Hooked On Radiation

Detesto que me perguntem porque faço determinada coisa. Faço porque posso fazê-la. Fim de discussão.

Tribute

Roya Arab, onde estás?

The World Needs You.

Nothing Else.

Hallospaceboy

Welcome!

Tytulo

Os Underworld de volta em 2007, com o melhor título do ano:

Oblivion with Bells!

Que se mantenham em estado de brilho absoluto! cá estaremos para os louvar...

Ouviduras Redux

Mais coisas para as orelhas:

. Dax Riders: Hot
. Mike Oldfield: Amarok
. Mutya Buena: Real Girl
. The Blow: Paper Television
. Hot Chocolate: Their Greatest Hits (por causa de "Every 1's A Winner...)
. Silje Nergaard: Darkness Out Of Blue (cortesia do par 100remos/Trivi... Thank You)
. Revenge: One True Passion (Peter Hook em modo automático, mas mesmo assim...)
. Pantha Du Prince: This Bliss
. Groove Armada: Soundboy Rock
. Information Society: Information Society, Hack, Peace and Love, Don't Be Afraid (a discografia completa, portanto....)
. Scissor Sisters: Remixed

Ecletismo, anyone...?

Memory Lane Revisited

Na sequência da compra (Já aqui referida) da compilação recém-lançada de Stevie Nicks, pôs-se o senhor Marquês a ruminar sobre o quanto gostava do grupo da senhora, os veteranos Fleetwood Mac. Pois, em especial porque naquele ano mágico de 1987 não se ouviu mais nada que não os singles saídos do álbum "Tango In The Night", o disco que os devolveu à ribalta. E eis que a semana passada, finalmente, o dito "Tango In The Night" chegou a estas impolutas e impecavelmente manicuradas mãos. Sim, vinte anos depois. E o prazer foi imenso, reconfortante, delirante. Foi ouvir "Big Love", "Seven Wonders", "Everywhere", "Family Man", "Little Lies" e, em especial, "Isn't It Midnight", a melhor faixa do disco. E estes foram apenas os singles. Os outros, bem, "Caroline", "Tango In The Night", "Mystified"... Um desfilar de recordações e daquela sensação maravilhosa de "como eu gostava disto...", tão vital nesta avançada idade... Resultado, não tenho ouvido outra coisa por estes dias, e tanto que eu tenho para ouvir... Sei que o passado não volta mas é tão bom poder tê-lo ao toque de um dedo.