01. O Pudim do Abade de Priscos
02. O Alentejo
03. O Vinho
04. O Sumol
05. A Hospitalidade
06. O Património
07. O Mar
08. A Língua
09. A Costa
10. O Piadismo
segunda-feira, abril 28, 2008
domingo, abril 27, 2008
Adoração
Há muito tempo que não ouvia nada assim. O segundo álbum dos Beach House, divinamente apelidado "Devotion", causa isso mesmo, uma profunda devoção, uma adoração que cresce a cada nova audição. É o dream pop por excelência, um coro celestial para órgão planante e guitarra lacrimejante e voz angelical, palavras vindas do além. Convertidos, segui o som que vos trará a salvação. No meio de todo o barulho que por aí anda, pérolas como esta são um tesoiro sem preço.
Aqui D'El Rey
Não percebo a República. Não gosto da República. E não gosto mesmo da nossa República. A nossa República é presidida pelo Aníbal e pela Maria, do Poço de Boliqueime. E esse mesmo Aníbal, o Sr. Silva, foi à Madeira ser destratado pelo Alberto João, essa pérola do nosso estimado regime. E nem quero demorar-me muito em luminárias como Menezes, Jerónimos e afins. A nossa esquerda é baça, a direita, grunha. Estamos bem, portanto. Não há nada que nos alegre (embora o PSD esteja bastante divertido por estes dias...). Nada. E depois vem o Sr. Silva dizer que os jovens estão alheados da democracia e não sabem nada do 25 de Abril. Qual é a surpresa? Um bando de pessoas aborrecidas e feias, vindas sabem os deuses de onde, a esbracejar e a despejar banalidades. E a revolução dos cravos. Cravos?! Tenham paciência. O que me custa mais é que essa herança ainda hoje se abate sobre nós: um pobre país de cravos, essa flor desinteressante, baça, indiferente, feia. Triste. E não há melhoras à vista. Temo que o caminho descendente iniciado no dia 05 de Outubro de 1910, e que tem levado este País para o abismo, continue a ser alegremente trilhado a gritos de "os ricos que paguem a crise" e "o povo unido" e quejandos. Um dia estaremos lá e nessa altura se verá que a morte d'El Rey D. Carlos, no Terreiro do Paço, foi a maior catástrofe que se abateu sobre Portugal durante os oitocentos anos da sua História. Estaremos cá para ver e rejubilar, embora com os corações sombrios. Porque sabe-se lá o que restará nesse dia. Os humildes herdarão o Céu? Que disparate, não saberiam o que fazer com ele.
sábado, abril 26, 2008
sexta-feira, abril 25, 2008
quinta-feira, abril 24, 2008
quarta-feira, abril 23, 2008
This Boy's Love
The Presets: Apocalypso.
Esperava que o sucessor de "Beams" fosse bom, mas nada me preparou para esta coisa fantástica que não consigo parar de ouvir. Todas as faixas são boas, sem excepção, embora "This Boy's In Love", "If I Know" e "Together" sejam especialmente magníficas.
O que os mssrs. Hamilton e Moyes criaram é um microcosmos electrónico em que misturam várias excelentes influências, novas e antigas, num caldo final que é único e excitante. Cabe lá tudo: Daft Punk, alguma da melhor EBM dos anos 80, a voz com ecos punk, um sentido quase geométrico de construção de melodias e ritmos. Um portento.
Portanto, colheita primorosa.
E ainda não ouvi como deve ser os novos Cut Copy, Ladytron, Kelley Polar, Gentle Touch, The Teenagers, Jori Hulkkonen, M83 and so on...
Pop Galore
o equilíbrio total entre o vulgar e o sublime, o plástico e a substância, o fátuo e o perpétuo.
Para grande alegria dos convertidos.
MyPleasure
Os Duran Duran foram a melhor banda do mundo durante um breve período de tempo, entre 1981 e 1985. Os singles clássicos deles, entre o primordial "Planet Earth" de 81 e o final e perfeito Bond Theme "A View To A Kill" de 85, não houve nada que se lhes assemelhasse como bandeiras dos anos 80, com aquela combinação perfeita entre glamour, savvy e, naturalmente, muito boa música. Sim, porque embora muito gente se esqueça, eles produziram alguma da melhor música da primeira metade da década de 80, arautos perfeitos da New Wave, em especial no fabuloso primeiro álbum, o homónimo de 81, ainda hoje um dos monumentos fundadores e essenciais da New Wave britânica. E tiveram o mundo a seus pés. E geraram todos os equívocos que lhes deram cabo da reputação para sempre. Sim, porque não lhes foram perdoados os vídeos a bordo de iates luxuosos no meio de paraísos tropicais do álbum Rio, de 82. Mas enfim, ainda por cá andam hoje em dia e recomendam-se, sendo talvez essa a maior e mais inesperada vitória... Serve tudo isto para falar sobre a caixa "The Singles 81-85" que acabei de adquirir (juntamente com a sua congénere "The Singles 86-95", mas aí a história é outra...). Para além de ter um design fabuloso, como se pode ver em cima, é um conjunto de surpresas. Pessoalmente, já tenho há muito tempo todos os singles nela incluídos, bem como os três álbums que lhe deram origem, mas não os lados b e grande parte das remísturas. E aí estão as surpresas, desde versões, de "Fame" de David Bowie, até uma curiosa versão à guitarra espanhola de "The Chauffeur", lados b fantásticos como "Late Bar", "Like An Angel" ou "Khanada", com talvez a única sítara em qualquer canção da banda. Mas, a grande revelação é mesmo o facto de, em 1983, eles se poderem ter transformado nos New Order. A prova? Ouçam o instrumental "Faith In This Colour", lado b de "Is There Something I Should Know?" e terão a prova. Parece um gémeo de "Blue Monday", um instrumental electro do mais fino recorte, tão cool que até dói, à espreita dos novos mundos dançáveis trazidos pela tecnologia. Absolutamente moderno e ainda hoje totalmente actual. Só que, entretanto, a escolha do caminho a escolher foi outra, mais Depeche Mode, menos New Order. Mais pompa e circunstância, menos pura invenção musical. Como teria sido o mundo se a escolha tivesse sido outra...? De qualquer forma, eis um pensamento profundo: o melhor álbum deles é o seu "Greatest Hits". Que se lixe, esse é o melhor disco pop do mundo!
OneTwoThree
a rolha salta e desaparece algures entre os brocados púrpura e os vestidos compridos das damas altas e elegantes e o precioso néctar jorra com alegria para dentro do cristal delicado dos copos nas mãos delicadas dos convidados belos e aborrecidos que o olham como se dele dependesse a sua vida e o consomem como se o amanhã não existisse dando graças breves à garbosa viúva gaulesa debaixo do sorriso da lua perfeita que esbanja os seus poderes nos seus filhos dilectos sorridentes e à beira de
Crispy Bacon Superstar
We all feel better in the dark
We all feel better in the dark
We all feel better in the dark
domingo, abril 20, 2008
cAt peOpLe
OST
Banda sonora de uma pequena pérola chamada "The Warm State" que poderá, eventualmente, chegar a estrear na Lusa Pátria. A saber:
01. Blancmange: Living On The Ceiling
02. Belouis Some: Imagination
03. Heaven 17: Temptation
04. The Adventures: One Step From Heaven
05. Animotion: Obsession (USA 12'')
06. Deborah Harry: In Love With Love
07. Guesch Patti: Etienne
08. Peter Gabriel: Big Time
09. Duran Duran: Skin Trade
10. Blondie: War Child
11. Roxy Music: The Thrill Of It All
12. Japan: Visions Of China
13. Desireless: John
14. Arcadia: Say The Word (Extended Remix)
15. Erasure: Rapture (Club Mix)
16. Bronskie Beat: I Feel Love/Johnny Remember Me
Para quem não tenha percebido o filme passa-se algures a meio de década de 80. E ainda bem. Só por esta escolha de música deverá valer a pena. Caso haja (ainda) dúvidas: THE 80s WILL LIVE FOREVER!
segunda-feira, abril 07, 2008
Question?
Não consigo evitar. É uma daquelas certezas que nos acometem e insistem em não nos deixar, mesmo contra toda a racionalidade, contra toda a realidade, contra todo o bom senso, contra... tudo. Mas não vale a pena. Chego a ter medo. Claro que nada disso interessa quando basta um olhar para tudo se esfrangalhar e ficar em estado de sítio. E vem a certeza, o desejo, a necessidade, uma avalanche que chega a ser paralisante. Mesmo. E não há cérebro que consiga vencer. Como nunca. Porque tem que ser. Tem mesmo que ser. Sei que sim. Acredito que sim. Porque nunca nada calou tão fundo. É o momento de todos os momentos. Nada será igual depois. É isto. Acredito. Posso. Quero.
domingo, abril 06, 2008
sábado, abril 05, 2008
Something Skin
Há coisas que escapam ao nosso controlo. Há pessoas que nos atraem sem que possamos fazer nada para o impedir. Há peles que queremos tocar com toda a força da irracionalidade. Há lábios que queremos beijar como se disso dependesse a nossa vida. Há momentos que sabemos podem definir a nossa existência. Há um antes e um depois. E há a memória. E essa dura para sempre. Até lá, bem, há um ardor que nos consome, uma certeza que não desaparece e se arrasta na poeira dos dias, que são longos, longos, longos, longos...
OOOH!
Há qualquer coisa na música das Girls Aloud que me toca várias e muyto poderosas campaínhas. Será a liberdade absoluta da pop pura e sem compromissos? A perfeição tem destas coisas. Mas é uma música húmida, visceral, física, visual, poderosa, sem concessões a valores menores. A pop quando é total é a mais excitante das formas de Arte.
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