Reconheço-me tolhido pelas garras de um desejo antigo, envolvente, inescapável. Flutuo por entre as almas, líquido e translúcido, todo poderoso e ao mesmo tempo desprovido de pele, de sabor, de vida. Olho para ti, penso naquilo que pensei quando te vi pela primeira vez. À noite, na cidade, as luzes transformam os nossos rostos em fantasgorias, espectros macilentos à mercê de um tempo que teima em se arrastar. Quando a minha pele toca na tua é toda uma existência absoluta que me percorre o corpo exaurido por muitos anos e muitas vidas de amores vãos, falsas partidas e paragens abruptas. Nos teus olhos, nasce o sangue e a tua pele é a arma perpétua contra a espuma dos dias.
domingo, abril 05, 2009
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário