A minha nostalgia não tem fim. Será possível sentir nostalgia por uma época que nunca vivemos? Pois assim é. Ando com apetites infernais de regressar aos anos 70. Aquele período dourado entre 1977 e 1980. Quando tudo era dourado, decadente, possível, bolas de espelhos, cocaína em espelhos barrocos. Plumas e lantejoulas, enfim, o Studio 54. Mas também me parece que só teria piada se soubesse o que sei hoje. Toda a desbunda, sem nenhuma da inocência. Teria piada? Não gosto de limites nem de politicamente correctos a ditar-nos o que fazer. E tal coisa não existia em em 1977. Só a Grace Jones e a Donna Summer. E isso seria o suficiente para mim. Uma cena tipo sonho, com nuvens e fumos e aquela atmosfera rarefeita dos sonhos alcoólicos e afins. E nós lá no meio, em divertimento absoluto. Divertimento até doer, como ensino nas minhas aulas, até ao comportamento dissolvente. Sempre gostei dessa expressão. Não me importaria de me dissolver em 1977. Ao menos seria mais interessante do que estar neste meio termo baço que é este início de século. Acho que vou deixar que a loucura se instale definitivamente. Talvez torne tudo mais fácil...
Tenho andado a ouvir Fischerspooner furiosamente, o single novo: "Just let Go". Mal posso esperar por Abril. Odyssey, where art thou?
Over & out...
sexta-feira, fevereiro 25, 2005
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