segunda-feira, fevereiro 28, 2005

A Coisa Encolhida

As opiniões são, de facto, como os buracos do cu, ou seja, cada um tem o seu e faz dele o que melhor lhe aprouver. Ponto assente. Nada a dizer. Fim de história. O problema é quando a opinião se torna em ressaibiamento, o que quer dizer, como toda a gente sabe, que é o próprio buraco do cu que emite a opinião. Como também se sabe, os buracos do cu, especialmente se já lassos, produzem, essencialmente, merda. E a merda, mesmo se lhe puserem outros nomes, não deixa de o ser. Em democracia, cada um tem o direito inalienável de fazer a sua própria merda e passá-la como se fora um produto do intelecto. Ora, como se aprende muito cedo, quando se liga o cérebro ao intestino, os resultados não poderão deixar de ser... merdosos. Isto a propósito de um exercício de merdose absoluta em que se divertiram alguns excelsos membros da nossa querida teatra. Uma dúvida, porém se desvaneceu das nossas mentes: já sabemos porque é que da Companhia de Teatro do Chiado, não sai nada de jeito há tantos, tantos, tantos, tantos, tantos, tantos, tantos anos. Está esclarecida a questão: as pessoas da CTC passam todo o tempo livre a ler, pesquisar e criar evacuações intestinais sobre as outras pessoas que, coitadas, têm o azar de querer trabalhar e fazer alguma coisa interessante no teatro português. É certo que são peças que não têm a sorte de ter cartazes com senhoras bem apessoadas com pérolas e ar de coisa séria mas, de qualquer modo, sempre vão tentando. Coitados. A clarividência dos excelsos membros da CTC não consegue, por ora, abranger todas as pessoas, pobrezinhas, que vão fazendo do teatro a sua razão de ser e de criar. Mas, confesso-o, espero com frémito que chegue esse dia benfazejo... Ó glória, ó felicidade! Estaria assim cumprido o mundo segundo a CTC... Hã?

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