Sentir é uma das coisas que mais falta faz, que mais falta me faz. Durante muitos anos tentei não sentir nada. Por ninguém. Por coisa alguma. Nem por mim. Resultou ao ponto de me ter tornado completamente insensível. Mas, no fundo, sabia que não podia durar. Ninguém pode passar o tempo todo a não sentir nada. E eis que acontece: começo a sentir. De repente, sem aviso, pé ante pé, docemente. E agora? Ainda o sei fazer? Penso que sim. Penso que consigo sentir. E é tão bom poder sentir, poder entregar-me a todas as sensações do corpo e da mente, a esse pequeno milagre que é olhar nos teus olhos e saber que se tudo acabasse uma coisa tinhas feito: devolveste-me a capacidade de sentir, de me emocionar, de acreditar que é possível. E sim, acredito que é possível. Por ti. Por mim. Por nós os dois. Devolveste-me o futuro. O meu futuro que agora também é teu. Por isso te agradeço e te prometo: Quando amo, amo até ao fim. Daqui a uns (longos) anos me dirás.
sexta-feira, outubro 14, 2005
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