quinta-feira, outubro 20, 2005

Nothing's Impossible

Nunca pensei ser possível sentir a falta de alguém de uma forma física. É como uma dor indistinta e sem destino, uma malaise inexplicável e sem forma que, no fim, até tem nome, o teu... Foi o que me aconteceu ontem, um dia em que tudo correu bem, até comprei um carro e tudo, mas havia qualquer coisa que estava a estragar a alegria de todas as coisas boas. Depressa me apercebi que essa coisa se chamava "Ausência". A tua. Pois é, não te vejo desde sábado e essa ausência já se manifesta de uma forma física. Não julgava tal prodígio ser possível. Mas foi. Está a ser. É on que me fazes. Mas, por uma vez, não me importo. Gosto e encorajo esses sentimentos, porque significam que há pertença, essa coisa tão difícil de obter entre duas pessoas. Sim, eu sei, quem me vê e quem me viu, mas é assim mesmo. Gosto de saber que te pertenço e que isso se torna absoluto. Não quero voltar a sentir a mesma coisa, naturalmente, mas ter acontecido já me disse imensas coisas sobre nós, meu amor! Sim, meu amor, fogo das minhas entranhas, vida da minha vida. Tudo isso. Todos os clichés. Fazem sentido. Quero senti-los, quero repeti-los, quero gritá-los aos setes ventos. Contigo. Porque sim. Sinto. Contigo. És.

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