Preciso. Preciso de saber o que fazer contigo. Preciso de saber onde te pôr. Porque estás em todo o lado na minha vida menos onde eu mais queria que estivesses. Preciso de saber estar feliz por ti e não considerar a tua felicidade como a minha morte. Preciso de saber o que fazes e com quem o fazes porque isso significa que tens o teu lugar na minha vida e eu o meu lugar na tua. E é esse lugar que eu estou a tentar inventar neste momento, com todas as minhas forças. Quero ser capaz de saber que a tua pele e o teu coração serão tocados por outras peles e por outros corações que não me pertencem e preciso que isso seja algo bom. Preciso de saber que eu serei capaz de tocar outras peles e outros corações porque é assim que a vida é, e que isso aconteça pelas razões certas. Preciso de ti, gosto muito de ti, não te quero perder, quero fazer parte da tua vida e quero que faças parte da minha. Afinal, oito horas seguidas de conversa, têm que ser sinal de alguma afinidade, de alguma junção de alma, de algo em comum. E isso é, hoje em dia, absolutamente precioso. Mas não quero acabar isso com o coração em chagas só porque a seguir alguém vai ter de ti aquilo que eu mais quero e não me é permitido ter. Não é justo para mim, nem tu mereces mais esse peso sobre ti. Uma vez disseste que estás sempre a adiar a tua vida. É isso que temos que combater, os dois, se assim for, temos que ir em frente, fazer o nosso caminho, ao lado um do outro, mesmo se por trilhos separados, sempre com um destino final em mente, a felicidade. Só isso interessa. O resto são tiques e truques que as nossas mentes têm para nos testar. Tenho só um desejo neste momento, talvez mesmo um receio, proveniente daquilo que eu já fiz e vivi: espero não ter que te perder para ter a exacta noção da tua importância na minha vida. Preciso de ti. Preciso de te saber comigo. Preciso de tempo para que isso aconteça. Preciso. Tem paciência comigo. Não acaba nada. Não muda nada. Espera por mim. 
Ontem tive um final de dia supreendente e bom, fruto de uma daquelas decisões que tomamos assim sem saber bem como e que acaba por se revelar como um momento propíciador de novos caminhos e de novas perspectivas sobre a nossa vida. Assim, de repente, sem aviso. Um excelente jantar, num excelente restaurante, em excelente companhia e uma sensação de vida boa que, no caminho de volta aos domínios do senhor Marquês, se transformou em reflexão e num conjunto de questões, possibilidades e resoluções que andavam a ser adiadas e que surgiram em todo o seu esplendor, de frente e sem possibilidade de serem ignoradas. Pode uma coisa boa nas nossas vidas ser ao mesmo tempo talvez o maior obstáculo à nossa felicidade? Pode. E está a ser. Não se consegue controlar o coração. Já tenho idade suficiente para saber isso. Já devia nem sequer tentar. Mas não, acontece sempre mais uma vez. Como agora. E dói sempre mais. E tem que parar. Foi essa a decisão que ontem me atropelou sem misericórdia. Vai custar, vai ser difícil, acredito que não só para mim, mas não posso adiar. Preciso da ríspida liberdade que vou ter, preciso dos horizontes que tenho que ter perante mim, mesmo se eles forem frios e solitários. Preciso de seguir em frente. Preciso de ter essa possibilidade. Preciso de saber que posso. Acima de tudo. Não se controla o coração. Já não sei se quero, já me custa tentar fazê-lo. Preciso de mim, em todo o meu esplendor e em toda a minha miséria e, neste momento, não me pertenço, mas também não pertenço a mais ninguém. Essa é a tragédia. Amar sem ser amado é como dar continuamente murros na ponta de uma faca. Já estou ferido demais. Acaba agora. E o caminho será em frente. De uma forma ou de outra. Não o lamento, é sinal de que estou vivo...Pet Shop Boys: Did You See Me Coming?
Single dois do genial "Yes".
E tudo parece tão fácil...
Pavilhão Atlântico, Lisboa, 4 de Julho de 2009, 21.00 horas
O Senhor Marquês já tem bilhete e companhia...
How wrong can one be about someone! But still, your light shines, altough a flesh coloured one, warm and moist... Oh heaven's graces that shine through you, please be generous to all of us... Amen!
O regresso da pilosidade facial, dez anos depoisPeace will come to me
Peace will come to me
I'm leaving bitterness behind
This time I'm cleaning up my mind
There is no space for the regrets
I will remember to forget
Just look at me
I am walking love incarnate
Look at the frequencies of which I vibrate
I'm going to light up the world
Peace will come to me
Peace will come to me
I'm leaving anger in the past
With all the shadows that it cast
There is radar in my heart
I should have trusted from the start
Just look at me
I am a living act of holiness
Giving all the positive virtues that I possess
I'm going to light up the world
Peace will come to me
Just wait and see
Peace will come to me
It's meant to be
Peace will come to me
Just wait and see
Peace will come to me
It's inevitability
Depeche Mode: Peace
Sounds Of The Universe, 2009
You'll see, one day you wake and it's there...
Os vampiros têm que morder, têm que ter sexo, têm que ser perversos, têm que ser melhores que os humanos, têm que saber algo que o pequeno humano preso ao seu dia-a-dia não pode saber. Stephenie Meyer veio dar cabo dos vampiros. Twilight é um disparate, um arremedo asséptico de historieta adolescente geração morangos com açucar politicamente correcta. Vampiros que não mordem? Vampiros que não fodem até ao casamento? Donzelas virginais? Tenham dó. Nada disso. Vampiro que é vampiro ouve a Peaches, conduz um Jaguar descapotável é fode tudo o que mexe, para depois chupar o sangue fervente pós-orgásmico. Sem sexo não há vampiro. O ideal, um vampiro europeu com 500 anos que desembarca na América e vê perante os seus olhos um mar sem fim de carne fresca, jovem, ignorante e disposta a tudo. Carne para sacrifício, em nome da perpetuação da raça e da diferença. Vampiros decadentes, bem vestidos, alcoólicos, aborrecidos, acostumados ao luxo e ao Tempo. Assim sim. Qual Twilight? Não consigo perceber. Sinto as presas a latejar e aí vamos...Que Sera Sera
Whatever will be will be
The future's not ours to see
Que Sera Sera
What will be will be
Grande Doris Day, é mesmo assim, e assim sendo vamos a isto...
