segunda-feira, maio 23, 2005

Missa brevis

Não gosto de estar assim. Não quero estar assim. Sinto-me azedo e incapaz de perdoar. Não há ginástica de perdão que me valha. Apetece-me apenas estar aqui e não ligar. Olho para todos e não consigo mais do que desejar que evaporem. Rapidamente. Permanentemente. Não gosto de ninguém e isso preocupa-me. Sempre o desejei, mas agora penso que não é possível. É um alívio sentir alguma coisa, de quando em vez. Por pouco que seja. Foi isso que me permitiste. E por isso te agradeço. Só é pena que estejas tão longe. Quero a continuidade de que me falou o PG no outro dia. Essa mesmo, sem as síncopes que tanto mal fazem. Essas mesmo. Que raio. Porque é que aquilo que nos faz sentir bem só nos aparece como uma miragem distante, provocadora, mas incapaz de durar... É sempre assim, suponho. Mas não gosto. Não quero. Quero-te aqui ao pé de mim, quero olhar nos teus olhos e ver aquilo que vi da primeira vez. Todas as vezes. Sempre.

We stand or fall...

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