quarta-feira, abril 13, 2005
rux (o direito dos mais fortes à ignomínia)
Ocorre-me o pensamento como uma nova moral, um modo de viver a vida e encarar o dia-a-dia a partir de um plano elevado em relação ao resto do mundo, o dos outros, dos mortais, das pessoas básicas. Nós, os iluminados, poderemos olhar para o mundo a partir das nossas poltronas de cabedal inglês do século XVIII, enquanto beberricamos o nosso champagne de flutes de cristal veneziano. Estamos aqui, e podemos. Ponto final. O mundo é belo e é nosso, o nosso pátio privado, a nossa Criação. Amen. As responsabilidades, essas, virão mais tarde. Afinal, Deus é uma criatura muito ocupada, distraída mesmo, lá com as suas coisas. É o que faremos. Cada um por si, e nós com um sorriso mortífero. Dai-lhes corda, que eles se enforcarão...
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